Trechos recortados da matéria "De olho nas pequenas e médias empresas" :
... É por isso que outras fabricantes como Dell, Sun e a integradora Sinco - que é especializada
nesse mercado - apostam, e muito, no segmento Intel.
Primeiro, porque ainda muitas empresas utilizam desktops com mais memória e capacidade de
armazenamento como servidor; outros, ainda, prevêem uma renovação de um parque que foi trocado, pela
última vez, em 1999, às vésperas do bug do milênio.
"Quem comprou máquinas nessa época tem seu parque muito desatualizado para as aplicações de hoje",
explica Ralph Vils diretor da Sinco.
..."Não adianta apenas colocar muita memória e ter espaço em disco", enfatiza Vils, da Sinco.
Servidores não são apenas máquinas "parrudas"; suas arquiteturas são desenhadas para se obter o
máximo de performance, e sobretudo, confiabilidade.
Outro fator que aquece o mercado é o fato de que, numa empresa da categoria SMB (Small and Medium
Business), existe o contato direto do vendedor com quem toma decisões. "Não há tanta burocracia
com nas grandes corporações, que levam tempo para aprovar uma compra", explica Vils, da Sinco.
"Em geral, ou é o próprio dono que cuida da tecnologia, ou alguém de confiança. Isso faz com que
esse mercado seja muito competitivo".
..."Pequenas e médias empresas não têm tanta burocracia para aprovar a compra de novos equipamentos.
O próprio dono cuida da tecnologia e isso faz com que esse mercado seja muito competitivo"
Ralph Vils, da Sinco
...Apesar disso, Vils ressalta que a maioria das máquinas usa a interface SCSI.
"Essa tecnologia
detém uma fatia gigantesca do mercado de servidores e, além disso, máquinas dessa categoria já têm
a configuração RAID por padrão, o que antes vinha apenas através de acessórios".
...A Dell já abandonou os Tualatin, assim como a Sinco, já que o custo dos Pentium 4 hoje é o
mesmo que o dos Pentium III, ainda que não suportem SMP (Symmetrical MultiProcessing).
...A maior novidade em termos de conectividade no mercado hoje é a presença de uma placa de rede
do padrão Gigabit Ethernet, que já vem integrada em quase todos os modelos de servidores com
configuração mais avançada. "O maior entrave para a adoção dessa tecnologia era o custo de cada
porta. Um switch Gigabit antes era muito caro, cerca de R$ 3.500,00 por porta; hoje, esse preço
caiu para R$ 350,00", explica Vils, A chegada da tecnologia vai permitir a troca de informações
numa velocidade maior; mas pouca coisa muda quando a conexão passa do primeiro nó. Nas estações,
o tráfego de dados ainda é de 100Mbps.
...Geralmente, o primeiro servidor que uma empresa SMB compra provém do mercado cinza, ou então
um modelo de grife", explica Vils. "Depois dessa primeira compra, geralmente desastrosa, o
administrador tem mais cuidado".
...Por outro lado, ter uma máquina de grife com recursos superiores aos necessários não é a melhor
solução. O ideal, antes de comprar, é procurar empresas ou profissionais que possam fazer um
diagnóstico do ambiente, e dimensionar quais são as reais necessidades na infra-estrutura de TI.
"Quem apostou numa máquina de grife como primeiro servidor sabe que muitas vezes paga-se caro por
aquilo que é oferecido. Na atualização de hardware, dificilmente esse administrador vai escolher
uma grife", afirma o diretor da Sinco.
...Seja como for, o ano de 2003 é promissor para os fabricantes que se estruturarem para expandir
seus negócios. Quem consome tecnologia também levará vantagem, pois quanto mais competitivo é o
mercado, menores os preços e melhores as ofertas. "Um servidor tem uma vida útil de 3 a 5 anos.
O investimento em uma máquina mais confiável tem uma ótima relação custo-benefício para empresas
de qualquer tamanho", finaliza Vils.