Especialidade de hoje: Engenharia

Especialidade de hoje: Engenharia

Seria normal uma empresa contratar um engenheiro químico para assumir a responsabilidade técnica de uma edificação com quatro torres de quinze andares?
Não só não seria normal, como não seria legal!

Para o comprador/morador (nesse caso, o "usuário") fica clara que a responsabilidade técnica para essa edificação é de um engenheiro civil. Da mesma maneira, uma indústria química não contrataria um engenheiro civil para a função de responsável por sua nova planta de solventes.

Em mercados maduros o consumidor conhece as especialidades de cada profissional, mesmo sendo todos "engenheiros".

Uma empresa especializada em engenharia civil pode (e deve) cercar-se de uma equipe multidisciplinar, contando com arquitetos, engenheiros civis, elétricos, mecânicos, eletrônicos, ambientais e, até mesmo, químicos (afinal, foi-se o tempo em que o concreto projetado não recebia aditivos).

Além do aspecto técnico, a especialização traz vantagens "mercadológicas". Um engenheiro que atua na construção civil conhece as novidades do setor, otimiza o uso de materiais, busca soluções sustentáveis, participa de feiras e congressos para absorver novas tendências, conhece o histórico e a capacidade dos seus fornecedores, está atualizado sobre marcas, modelos e a confiabilidade dos produtos que emprega em seus canteiros de obra, mitiga desperdícios, projeta melhores distribuições elétricas e hidráulicas, além de conviver e conhecer com as necessidades "de campo".
Esse conhecimento traduz-se em vantagem de custos sobre um profissional que não seja atuante na área.

O usuário, por sua vez, ao contratar um serviço de engenharia civil, não se foca em montar uma lista de empresas especializadas em engenharia química, mecânica ou florestal para discutir propostas, pois a maturidade do mercado já doutrinou o "usuário" por qual especialidade procurar.

Através dessa analogia tentamos demonstrar que empresas de tecnologia, não necessariamente, possuem o expertise para serem fornecedores de servidores.
O fato de uma empresa de tecnologia ser um grande fornecedor de desktops, notebooks, impressoras, no-breaks e games não a qualifica como especialista em servidores.
O mercado de TI ainda é novo e, por isso, não atingiu a maturidade necessária para que seus usuários saibam distinguir claramente as especialidades de cada segmento.

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